EA x Steam: essa história ainda vai longe

Há algumas semanas, Crysis 2 foi retirado do Steam. Segundo a produtora do game, a Electronic Arts, isso ocorreu porque o jogo “viola os termos de negócio do Steam”. E, de acordo com uma nota divulgada nesta quarta-feira (6) pela própria EA, parece que o shooter não será o último dos jogos da empresa a ficar de fora da rede de distribuição digital mais popular entre os jogadores de PC.

A nota, que explica as políticas de venda da EA em serviços de distribuição digital que não sejam o Origin, serviço de distribuição proprietário da empresa, esclarece que a produtora “oferece jogos para todos os principais serviços de download, incluindo Amazon, Walmart, Gamestop e Steam”. E essa é a parte boa. A parte ruim, aquela que afeta a entrada dos jogos no Steam, é que a EA exige manter controle sobre todo o conteúdo extra proveniente de seus jogos: pacotes de expansão, atualizações e correções:

“Qualquer loja pode vender os nossos jogos, mas assumimos a responsabilidade direta pela prestação de atualizações, correções, conteúdo adicional e outros serviços para os usuários de nossos jogos. Esses jogadores estão se conectandoaos nossos servidores, por isso queremos dar-lhes o melhor serviço. Isso funciona bem para a nossa parceria com a Gamestop, Amazon e outros varejistas online.”

E isso vai diretamente contra as normas do Steam, que exige que todo o conteúdo vendido no jogo possa também ser vendido na sua loja virtual. É o fator que acaba tirando jogos da loja, como aconteceu com Crysis 2, que oferecia DLC’s diretamente através de compras no jogo. Como a tendência dos jogos da EA é expandir essa política de transações internas aos games, talvez se torne cada vez mais difícil encontrar jogos da empresa à disposição no Steam.

Battlefield 3, por exemplo, já está disponível para pré-venda em redes como o Direct2Drive e o GamersGate. No Steam? Nada.